Idosos com 60 anos ou mais já estavam aptos a receber a 3ª dose.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, nesta terça-feira (16), que aguarda "nota orientadora oficial" do Ministério da Saúde para atender à proposta do governo federal de reduzir o intervalo de tempo para aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 na população acima de 18 anos. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, a estimativa é de que 1,65 milhão de pessoas já estariam aptas a receber nova aplicação de imunizante no Rio Grande do Sul.
De acordo com a decisão do Ministério da Saúde divulgada nesta terça, estados e municípios devem reduzir o período entre a segunda e terceira dose das vacinas para toda população vacinável, independentemente do grupo etário ou profissão.
A partir desta medida, quem recebeu o esquema vacinal completo poderá obter o reforço após cinco meses da data de aplicação da segunda dose. Anteriormente, seria necessário esperar seis meses. Isso vale também para as pessoas que receberam a Janssen, que devem se vacinar com uma segunda dose - aplicada dois meses após a primeira - antes de receberem a dose de reforço. Com isso, fica oficializado que a vacina da Janssen, que era aplicada em dose única, passará a ter duas doses.
A expectativa é de que o governo gaúcho em breve comece a organizar a logística, com os próximos passos e ações da campanha de vacinação no Estado. Segundo a SES, a iniciativa deve ser planejada junto com os municípios. A secretaria destaca que, em paralelo, "está organizada e tem doses de vacinas para garantir a redução do intervalo da dose de reforço para idosos e profissionais de Saúde no prazo de cinco meses após a segunda dose."
Por enquanto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre vai manter o período de seis meses para a aplicação da dose de reforço, visando uma aplicação escalonada de modo a evitar aglomerações. "Estamos nos organizando, avaliando estoques e número de pessoas aptas" a receberem o imunizante, além do esquema vacinal anterior, informa a assessoria de imprensa da pasta. De acordo com a secretaria, Porto Alegre deve seguir a orientação do Ministério da Saúde.
"Já tínhamos autorizado a aplicação desta dose de reforço, ou adicional, para todos aqueles que tinham tomado a segunda dose há mais de seis meses e que tivessem (mais de 60 anos). Agora, graças às informações advindas dos estudos científicos realizados para avaliar a aplicação da terceira dose - e dos quais já temos dados preliminares -, decidimos ampliar esta dose de reforço para todos aqueles acima de 18 anos de idade que tenham tomado a segunda dose há mais de cinco meses", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
De acordo com informações da Agência Brasil, o ministro garantiu que o estoque de imunizantes será suficiente para atender à demanda. Atualmente, há 12,47 milhões de pessoas aptas a receber a dose adicional em todo o País. No entanto, 21,11 milhões de pessoas que estão aptas a tomar a segunda dose da vacina ainda não o fizeram. Conforme o governo federal, estudos têm mostrado que, a partir do quinto ou sexto mês, independentemente do imunizante utilizado, há, sim, uma necessidade de reforço no sistema imunológico.
Ainda de acordo com a SES, o Informe técnico nº 17/2021 indica a utilização da vacina Pfizer, para completar o esquema vacinal dos usuários, que estão com a segunda dose em atraso e que tenham recebido a primeira dose com a vacina Astrazeneca. No entanto, o governo recomenda que a administração da segunda dose seja preferencialmente do mesmo laboratório da primeira, ainda que, por indicação médica ou de acordo com a disponibilidade de vacinas de diferentes laboratórios, o indivíduo possa receber a chamada D2 com vacina de outro laboratório, respeitando o intervalo determinado para aplicação após a primeira dose.
Além disso, a vacinação da dose de reforço para idosos acima de 60 anos e dos trabalhadores de Saúde poderá ser realizada com vacinas de qualquer laboratório: Butantan/Sinovac, AstraZeneca/Fiocruz ou da Pfizer/Comirnaty, sendo esta última a vacina recomendada, preferencialmente, pelo Ministério da Saúde para a dose de reforço.
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