Espaços que se multiplicavam nos anos 2010 fecharam ao longo da década.
Com menos brasileiros procurando por auxÃlio alimentar ao longo da década de 2010, pontos que se multiplicavam pelas cidades foram sumindo. Eram os restaurantes populares, normalmente oferecidos pelo poder público como um espaço com almoço a valores simbólicos, entre R$ 1 e R$ 2. Desde o inÃcio da pandemia, entretanto, estes estabelecimentos têm voltado a ganhar espaço em cidades da Região Metropolitana. E as pessoas em situação de rua, que costumavam ser o principal público, dividem espaço com famÃlias em extrema vulnerabilidade social e idosos com baixa renda.
Entre 2018 e 2020, cerca de 9 milhões de brasileiros entraram para o contingente daqueles que vivem em insegurança alimentar grave. Sentem fome. Eram 10,3 milhões em 2018, passando para 19,1 milhões, em 2020 – cerca de 9% da população do paÃs. E ao menos 112 milhões de brasileiros sofrem algum grau de insegurança alimentar, mais da metade da população. Os dados constam no inquérito nacional de insegurança alimentar na pandemia, elaborada pela Rede Penssan e com dados do IBGE, baseado na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), também do IBGE.
Alvorada na rota dos Restaurantes Populares
Em Alvorada, também há um projeto relacionado a abertura de um estabelecimento nos moldes de restaurante popular. O local seria fruto de uma parceria entre Estado e municÃpio, conforme a vereadora Nadir Machado (PTB). O financiamento ocorreria pelo programa fiscal Pró-Social, em que o projeto é gerenciado por uma entidade social em parceria com a prefeitura municipal, e o financiamento é realizado por empresas pagadoras de ICMS. O total do valor aportado por estas empresas receberia a dedução fiscal. Ainda não há mais detalhes ou previsão de como seria a operação, que também é um desejo do Executivo. Entende-se que Alvorada necessita de um estabelecimento deste tipo há alguns anos. Só que tirar o projeto do papel têm sido difÃcil.