Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão e 11 de busca e apreensão nesta segunda-feira.
Cerca de 60 policiais civis e militares cumpriram oito mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Alvorada.
Durante a investigação de um homicÃdio em Alvorada, ocorrido em agosto, a PolÃcia Civil descobriu uma prática que vem sendo adotada por traficantes do bairro Umbu: a quadrilha, enfraquecida por ter integrantes presos e outros mortos em confrontos, passou a contratar de forma temporária membros de outras grupos para realizar ações especÃficas na cidade.
Em quase cinco meses, segundo a investigação, foram três espécies de "intercâmbio" envolvendo nove traficantes de grupos que têm base em outros municÃpios. Dois deles foram presos em ofensivas anteriores da polÃcia.
Além do monitoramento, foram obtidas provas como mensagens de texto e de áudio pelo WhatsApp sobre as "contratações temporárias" de criminosos para agir em Alvorada. Uma operação policial foi deflagrada nesta segunda-feira (20) para coibir a prática. São 60 agentes, entre policiais civis e militares, que cumpriram oito mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão.
De acordo com o diretor da Divisão de HomicÃdios da Região Metropolitana, delegado Cassiano Cabral, tudo começou com um homicÃdio no primeiro dia de agosto, em Alvorada.
Com a apuração deste caso pelo delegado Edimar de Souza, titular da Delegacia de HomicÃdios, descobriu-se que pessoas de outra cidade estariam envolvidas no crime.
"Intercâmbio"
O grupo de traficantes do bairro Umbu estava enfraquecido após confrontos com outras quadrilhas e após prisões realizadas pela polÃcia. Para manter o tráfico na região, atacar pontos de venda de drogas de rivais, realizar execuções e possÃveis confrontos com autoridades de segurança, a quadrilha passou a contratar temporariamente integrantes de outros grupos da mesma facção.
Os traficantes se deslocavam das áreas de origem, recebiam valores para agir em determinadas ações criminosas em Alvorada e depois voltavam para seus municÃpios. Essa prática ocorreu pelo menos três vezes desde agosto, envolvendo criminosos de GravataÃ, Rolante e Porto Alegre. Dois deles, de Rolante, foram presos.
Em um dos áudios obtidos durante a investigação, criminosos combinam valores de R$ 500 para participar de ações em Alvorada, além disso, eles conversam sobre ter fotos dos alvos que pretendiam executar:
Até as 7h, três pessoas haviam sido presas. Uma estava foragida. Os outros quatro alvos que tinham mandados de prisão já estavam detidos durante a investigação. Os nomes dos presos não foram divulgados.