O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, “vai dar uma resposta” aos seus apoiadores e não irá deixá-los “na mão”.
A declaração foi dada na noite de terça-feira (29), após um jantar promovido pela legenda em um restaurante em Brasília. Um homem que estava em frente ao local abordou Valdemar e perguntou quais as chances de os protestos em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília terem resultado.
“Tem muita chance. Lógico [que tem chance]. Bolsonaro não falou ainda. Vai falar. Vai animar vocês lá”, disse o presidente do PL.
Em seguida, o homem afirmou que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não subirá a rampa do Palácio do Planalto, e Valdemar respondeu dizendo que Bolsonaro ainda dará uma resposta. “Fica firme. Vamos ajudar vocês lá. Podem ter certeza de que Bolsonaro vai dar uma resposta para vocês. Bolsonaro é homem. Pode ter certeza de que ele não vai deixar vocês na mão”, declarou.
O chefe do Executivo participou do jantar do seu partido, mas não falou com a imprensa na chegada e na saída do evento. Na manhã de terça, Valdemar disse, em entrevista, que teria aconselhado Bolsonaro a falar com os apoiadores.
O presidente do PL também disse que Bolsonaro está mais animado. “Ele melhorou muito da semana passada para esta semana. Eu só o convidei por causa disso. Quando eu cheguei ao Palácio, eu vi a cara dele e falei: o que aconteceu? Ele está bem. Ele está animado. Ele se levantou. Passou o baque. Porque nós não esperávamos que acontecesse esse resultado. Ele agora se recuperou e vamos ver como ele vai se comportar. Ele vai querer atender e falar com esse pessoal que está na rua e que adora o Bolsonaro”, declarou Valdemar.
Recurso ao STF
O presidente do PL ainda afirmou que a legenda vai apresentar um recurso à decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que determinou o bloqueio de recursos do fundo partidário da sigla até o pagamento de multa no valor de quase R$ 23 milhões.
A decisão ocorreu após a legenda questionar supostas irregularidades em urnas eletrônicas durante o processo eleitoral.
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